Danguinha nasceu no sertão da Bahia, num arraial desprovido de hospital, médicos ou assistência do Governo. Sua casa e dos moradores de Alagoinha eram de pau a pique, sem janelas e sem banheiros. Suas camas eram de varas. Não tinham luz elétrica, os adultos se guiavam pelas estrelas, as crianças, também, pelos vaga-lumes. A refeição matinal era uma mistura de caldo de cana-de-açúcar com café e farinha de mandioca.
Órfão de mãe muito cedo, com 4 anos e meio começou a tomar cachaça e trabalhar. Com 8 anos, ganhou seu primeiro shorts, com 10 já era vaqueiro. Aos 18 foi morar no “fim do mundo”, ansiava ser cantor famoso, tornou-se um qualificado pintor de parede, casou-se duas vezes, na última separação, injuriado, se embebedou, se perdeu e foi morar na rua.
Um dia “um mandado de Deus” lhe tirou da sarjeta. Um AVC o fez refletir e parar de beber. Quarenta e três anos sem ver o pai, foi visitá-lo no Nordeste, tinha vergonha, se sentia um fracassado. Um final surpreendente lhe esperava.
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